quinta-feira, 15 de março de 2012

A Bíblia e os fatos históricos sobre o Irã ( antigo Império Persa)

Por Dr. David Hocking, Pre-Trib Perspectives -http://www.beth-shalom.com.br)


Soldados iranianos
Os iranianos almejam a restauração da glória do primeiro império persa (um dos maiores impérios da história em termos geográficos). Na foto: soldados iranianos.
Muitos de nossos leitores já fizeram perguntas sobre o Irã e aquilo que deveríamos saber acerca dessa importante e estratégica nação em nosso mundo atual. A história antiga faz menção de um país chamado Elão. Lemos em Gênesis 14 que no tempo de Abraão (há cerca de 4.000 anos) houve uma confederação de nações liderada por Quedorlaomer, mencionado nas Escrituras como “rei de Elão”. Quedorlaomer atacou Sodoma e levou cativo a Ló, sobrinho de Abraão. Este, acompanhado de seus 318 homens mais capacitados, saiu ao encalço do rei de Elão e de seus aliados. Após derrotá-los, Abraão resgatou Ló.
O profeta Isaías (cf. Isaías 21.2) menciona o Elão e parece sugerir um relacionamento desse povo com a antiga Média (i.e., os medos). O profeta Jeremias também se refere ao Elão (cf. Jeremias 49.34-39), bem como faz alusão à sua futura destruição como nação. A data dessa profecia remonta aos dias de Zedequias, rei de Judá. Talvez essa profecia tenha sido predita na ocasião em que a Babilônia chegou ao apogeu de seu domínio e destruiu Jerusalém no ano 586 a.C. O fato bíblico interessante dessa profecia de Jeremias 49.39 é o seguinte: “Acontecerá, porém, nos últimos dias, que farei voltar os cativos de Elão, diz o Senhor” (Almeida Corrigida Fiel). É muito provável que essa seja uma referência ao futuro Dia do Senhor.
No século 7 a.C., um pequeno reino se estabeleceu em Parsu (ou Parsuash) sob o governo de Aquêmenes, cujo nome foi usado pelos historiadores para descrever a primeira dinastia persa, a dinastia Aquemênida. O filho de Aquêmenes foi um homem chamado Teispes (aprox. 675- 664 a.C.) e, ao que parece, seu reino foi dominado pelos medos. A história registra que, após obter a liberdade do domínio dos medos, Teispes, assumiu o controle da província de Parsa (a atual Fars), aproveitando-se do enfraquecimento do Elão. Os assírios, sob o reinado de Assurbanipal, puseram fim à nação do Elão.
O filho de Teispes foi Ciro I, o qual entrou em contato com os assírios na qualidade de líder dos persas. O filho de Ciro I foi Cambises, que se casou com a filha de Astíages, rei da Média. Dessa união conjugal nasceu Ciro II, conhecido na história como Ciro, o Grande (559- 530 a.C.), o primeiro grande imperador que dominou a antiga Pérsia. Ciro II também conquistou os medos e derrotou seu sogro, Astíages, transformando a capital da Média, Ecbátana, na capital de seu próprio império. Ciro também invadiu a Ásia Menor e derrotou a Creso, rei da Lídia. Além disso, ele capturou, sem muita resistência, a cidade de Babilônia em 539 a.C. (a data oficial da queda do Império Babilônico).
O filho de Ciro II foi Cambises II (529- 522 a.C.), aquele que conquistou o Egito. Cambises II foi sucedido por Dario I, conhecido tanto como Dario, o Grande (522- 486 a.C.), quanto como Dario Histaspes (seu pai era um dos sátrapas do império persa). Dario criou vinte satrapias (províncias) a fim de administrar com mais eficácia o crescente poderio do império persa. Dario I também mudou a capital de seu império da cidade de Pasárgada para Persépolis. Ele era um seguidor de Zoroastro e adorava a divindade Ahura Mazda (também venerada por Xerxes e Artaxerxes, mencionados na história bíblica). Esse Dario é o mesmo rei que aparece nas profecias bíblicas de Ageu e Zacarias. O projeto de construção do templo (do segundo templo judeu – N. do Tradutor) foi concluído pelos judeus em 516 a.C., durante o reinado dele.
Dario I foi sucedido por seu filho Xerxes (485- 465 a.C.). Uma inscrição descoberta em Persépolis alista as nações que ficaram submissas ao seu domínio. Além disso, trata-se do mesmo rei Assuero mencionado no livro bíblico de Ester. Depois do reinado de Xerxes, Artaxerxes Longimanus I subiu ao poder (465- 424 a.C.) e, no vigésimo ano de seu reinado, o decreto para restaurar os muros de Jerusalém foi entregue a Neemias (Neemias 2.1).
Revolução islâmica
Em 1979, o Irã experimentou o que a história denomina de “Revolução Islâmica”. Os muçulmanos xiitas assumiram o controle do país e instauraram a lei sharia.

De acordo com o texto de Daniel 9.24-27, esse decreto para restaurar os muros foi o começo da “contagem regressiva” para a vinda do Messias – profecia conhecida como “as 70 semanas de Daniel”. Contudo, o termo hebraico “setes”, traduzido por “semanas”, não se refere a semanas de dias, mas a semanas de anos (i.e., conjuntos de “sete” anos). Um ano profético de 360 dias (segundo o calendário lunar), multiplicado por 483 anos, perfaz um total de 173.880 dias, desde o decreto de Artaxerxes Longimanus I até a vinda do Messias. Dois acontecimentos trágicos, mencionados por Daniel, ocorreriam antes do começo do septuagésimo “sete” (ou septuagésima semana): o primeiro é que o Messias seria “morto”; o segundo é que, tanto a cidade de Jerusalém quanto o seu santuário seriam destruídos. Nós ainda aguardamos o início do septuagésimo “sete” – reconhecido pelos estudiosos da Bíblia como o futuro Dia do Senhor (mencionado 25 vezes em toda a Bíblia) ou como o período da Tribulação (Mateus 24.21-22).
Após o reinado de Artaxerxes I Longímano, Dario II chegou ao poder (423- 405 a.C.). Os sucessores de Dario II foram os seguintes: Artaxerxes II Mnemon (404- 359 a.C.), Artaxerxes III Ochus (358- 338 a.C.), Arses (337- 336 a.C.) e Dario III (335- 331 a.C.), cujos exércitos foram derrotados por Alexandre, o Grande em 333 a.C. Com a morte de Alexandre em 323 a.C., a Pérsia ficou sob o controle de um dos generais de Alexandre (Selêuco). Segundo Daniel 11, haveria conflito incessante entre os selêucidas (a dinastia de Selêuco) e os ptolomeus (a dinastia de Ptolomeu, outro general de Alexandre a quem foi entregue o Egito) numa disputa pela Terra de Israel, um fato que é lembrado pelo Irã até os dias de hoje.
Estudiosos da Bíblia sabem bem que a Pérsia estará presente na batalha que será travada quando houver a invasão da Terra de Israel (cf. Ezequiel 38 39). Ao que parece, a Pérsia será o país que encabeçará aquele ataque (pelo menos, os persas são os primeiros mencionados na lista de nações).
Esse assombroso império da antiguidade continuou a ser conhecido pelo nome de Pérsia até 1935 d.C., quando seu nome foi mudado para Irã. Na atualidade, o idioma oficial do Irã é o persa moderno ou farsi, uma língua indo-européia escrita com caracteres árabes.
Em 1979, o Irã experimentou o que a história denomina de “Revolução Islâmica”. Os muçulmanos xiitas assumiram o controle do país e instauraram a lei sharia. Embora muitos árabes vivam em certas regiões do país, o Irã não é um estado árabe. A relação do Irã com os árabes e o apoio que deles recebe, fundamenta-se na religião islâmica que é comum a esses povos. Ao longo da história do Islã, houve muitas ocasiões em que o Irã demonstrou ser uma poderosa força de oposição aos muçulmanos da Arábia Saudita, os quais controlam os lugares sagrados de Meca e Medina. O Irã também enfrentou oito anos de guerra contra o Iraque, seu vizinho ocidental, na época em que o sunita iraquiano Saddam Hussein estava no poder. Muitos muçulmanos xiitas oriundos do Irã têm povoado territórios ao sul do Iraque e, atualmente, se constituem numa influente força dentro do parlamento iraquiano que foi eleito. O Irã, por tradição histórica, acredita que o território do Iraque lhe pertence, bem como reivindica direito de propriedade de muitos outros países do Oriente Médio (inclusive Israel). Os iranianos almejam a restauração da glória do primeiro império persa (um dos maiores impérios da história em termos geográficos).
Devia ser óbvio que o Irã (principalmente por causa do petróleo) seja, nos dias atuais, um dos mais importantes personagens no cenário político, econômico e militar deste mundo. Os iranianos são os principais fornecedores de armas para os terroristas islâmicos em todo o Oriente Médio. É possível que a maior parte de seu armamento provenha da Rússia, China e Coréia do Norte.
O Estado de Israel se depara com um sério desafio da parte dos líderes do Irã e suas constantes ameaças. O Senhor Deus de Israel tem ouvido todas elas e a profecia bíblica envolverá o Irã entre as nações do mundo que marcharão contra Israel. Tais nações serão derrotadas pelas mãos do Messias que voltará em glória, nosso bendito Senhor Yeshua! 

(Dr. David Hocking, Pre-Trib Perspectives -http://www.beth-shalom.com.br)

segunda-feira, 12 de março de 2012

HATCHEPSUT UMA MULHER FARAÓ


Por Geison Lopes
Graduando em Direito e professor de História

Hatchepsut, faraó que sozinha constituía um casal régio, tendo a responsabilidade de ser – ao mesmo tempo – “homem e mulher” (23). Uma mulher muito bonita, o cargo que esta exerceu, não ocultava toda sua beleza (24). Esta mulher faraó foi uma das principais faraós do antigo Egito. Era muito temida, governava com toda força e poder, Inini dizia:

“Hatchepsut ocupou-se dos assuntos do Egito segundo seus próprios planos. O país curvou a cabeça diante dela, a perfeita expressão divina de Deus. Era o cabo que serve para inçar o norte, o poder onde amarra o sul, era o cabo perfeito do leme, a soberana que da as ordens, aquela cujos planos excelentes pacificam as duas terras quando fala”.(jacq, Christian. As egípcias: retratos de mulher no Egito faraônico.Rio de janeiro. Bertand.Brasil 200.p.75).

Reconhecemos um faraó, através de suas construções, seus palácios, seus túmulos e templos, com Hatchepsut, não seria diferente, essa mulher foi responsável por varias obras no Egito antigo, sendo conhecida até como “mestre de obras” por Christian jacq.

Reconstruiu o templo de uma deusa-leoa, no médio Egito, e construiu o glorioso templo de Dier al-Bahari, famoso por sua grandiosidade (25) e lugar sagrado, onde pessoas de vários lugares – depois da morte de Hatchepsut - vinham em busca de cura, para os seus máles.

O deus Amon-re (26), segundo crhistian jacq, é responsável pelo renascimento da rainha – faraó Hatchepsut. É ele quem vai gerar o novo faraó do Egito

Hatchepsut, mulher linda e poderosa, aparece no templo de Dier Al-Bahari, despida e dançando perante Amon-ré, com os órgãos sexuais à mostra (27). Para nossa sociedade parece algo imoral, mas não para os egípcios. O erotismo fazia parte do cotidiano do casal egípcio. Ainda em Dier al- Bahari, foram encontrados grafitos de uma mulher que aparece em pé,e um homem por detrás, cena que hoje seria muito criticada, para John Romer, trata-se de Hatchepsut e seu amante Senenmut (28).  Percebemos que tanto o homem como os deuses do antigo Egito, estava ligados ao prazer e ao erotismo como afirma, Luiz Manuel de Araujo.
 Hatchepsut não foi a primeira nem a única mulher faraó, outras mulheres conseguiram chegar ao topo da hierarquia do Egito, também como faraó.  Mas, a grandiosidade de Hatchepsut é incomparável.

A historia da mulher egípcia, é marcado de orgulho, de uma sociedade tão antiga, mas que ,que tinha um pensamento, quase que livre do preconceito, uma sociedade livre, onde o direito da mulher iguala-se ao do homem, onde a mulher é respeitada e venerada.


(23) ver (jacq, Christian. As egípcias: retratos de mulher no Egito faraônico.Rio de janeiro. Bertand.Brasil 200.p84).
(24) ver (jacq, Christian. As egípcias: retratos de mulher no Egito faraônico.Rio de janeiro. Bertand.Brasil 200.p76).
(25) ver (jacq, Christian. As egípcias: retratos de mulher no Egito faraônico.Rio de janeiro. Bertand.Brasil 200.p89,90,91).
(26) sincretismo do deus Amon e do deus ré.(Manuel de Araujo, Luiz. Estudos sobre erotismo no antigo Egito.Lisboa. colibri 1995. p.20,34,35).

segunda-feira, 5 de março de 2012

CULTURA

CULTURA

Cultura não são só valores a ser preservado, como acreditam o senso comum. Cultura é “humanização”, processo de “tornar homens”. O processo de transformação do homem é, assim, um processo cultural. Cultura é o próprio modo de ser do homem, o “mundo do homem”. (Geison Lopes)
             Segundo Sebastião Vila Nova, Em seu livro: introdução à sociologia diz, que o sentido da palavra cultura não é o mesmo da linguagem do senso comum. Na linguagem cotidiana, a palavra cultura é empregada com vários significados. Ora significa erudição, grande soma de conhecimentos, quando, por exemplo, se diz que “fulano tem cultura”; ora significa determinado tipo de realização humana, como a arte, a ciência, a filosofia. Isto sem falar no sentido agrícola original da expressão. Já o sentido sociológico dessa palavra não se limita a essas acepções. É, no entanto, tão amplo que não exclui nenhum desses significados. Na linguagem sociológica, cultura é tudo que resulta da criação humana. A cultura, portanto, tanto compreende idéias como artefatos. É clássica a definição de Edward B. Tylor: “um todo complexo que abarca conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e outras capacidades adquiridas pelo homem como integrantes da sociedade”. (apud RUMNEY, Jay,MAIER,Joseph. Manual de sociologia.1963. p. 98.). O que deve ser ressaltado nesta afirmação é a indicação de que a cultura compreende todas as elaborações resultantes das “capacidades adquiridas pelo homem como integrante da sociedade”, pois a cultura, como já deve ter ficado claro, não decorre da herança biológica do homem, mas da capacidade por ele desenvolvidas através do convívio social. Só o homem possui cultura. Todos os homens possuem cultura, no sentido de que, vivendo em sociedade, participam de alguma cultura. (VILA NOVA, Sebastião. Introdução à sociologia. P. 63.)

CULTURA ERUDITA

Louis Porcher diz: “não há duvida de que até uma época recente, a arte ( vista aqui não como produto, mas sim como cultura), sempre teve na sociedade uma conotação aristocrática, enquanto exercício de lazer e marca registrada da elite”.
Os produtos da chamada cultura erudita faz parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento são proveniente do pensamento cientifico, de livros, das pesquisas universitárias, ou do estudo em geral (erudito significa ter instrução vasta e variada adquirida, sobretudo pela leitura).
A arte erudita e de vanguarda é produzida visando museus, críticos de arte, propostas revolucionarias ou grandes exposições publicas e divulgação. (25° Bienal de são Paulo. Iconografia metropolitana. São Paulo. 2002. Brasil).


CULTURA DE MASSAS

Uma manifestação típica das sociedades, complexas do tipo urbano - industrial, na qualidade, é a chamada cultura de massas. A cultura de massas não é, contudo, uma subcultura pelo fato de ser constituída de padrões que perpassam todas as subculturas. Como a define J. W. Bennet, e Melvin Tumin a cultura de massa é aquela parte da cultura total de uma sociedade composta de padrões de comportamento e de pensamento “comum as subculturas de uma sociedade heterogênea”, sendo a difusão resultante da ação da chamada indústria cultural, notadamente dos meios de comunicação de massa. . (VILA NOVA, Sebastião. Introdução à sociologia. P. 53.)

CULTURA POPULAR

Outra parte da cultura merecedora de atenção nas sociedades complexas é a chamada cultura popular. Do mesmo modo que a cultura de massa, a cultura popular não se confina a uma única subcultura, mas, ao contrario daquela, não perpessa todas as subculturas. Enquanto a cultura de massa resulta da indústria cultural, a cultura popular esta ligada àquelas subculturas na qual a permanência de padrões tradicionais é mais forte. No Brasil, a cultura popular está presente em varias subculturas regionais espalhadas por todo o território nacional. Há desse modo, uma cultura popular gaúcha, como há uma cultura popular da região norte, bem como uma cultura popular nordestina.
Cultura popular não se restringe à diversão e às criações artísticas do pvo. A cultura popular é uma realidade bem mais vasta do que estes campos da vida social, incluindo as práticas médicas, por exemplo, como, acentuadamente, a linguagem, os meios de conviver, de ver e de sentir o mundo. (VILA NOVA, Sebastião. Introdução à sociologia. P. 64.)

Geison Lopes